Nanã: a sabedoria do tempo e o silêncio que cura

Introdução

Há uma força que não precisa gritar para ser ouvida.
Ela se manifesta no silêncio, no olhar sereno e no toque leve que cura a alma.
Essa força tem nome: Nanã, a Senhora das águas paradas, a Mãe do tempo e da ancestralidade.

Em A Menina que via Iemanjá, sua presença é lembrada como o acolhimento que vem após a tempestade.
Nanã não chega apressada.
Ela chega quando o coração está pronto para compreender que até o sofrimento tem um propósito.


A sabedoria do tempo

Nanã é o tempo que tudo transforma.
É a lembrança de que a vida tem ciclos — nascer, crescer, florescer, partir e renascer.
Ela ensina que nada é em vão, e que cada fase, mesmo as mais difíceis, carrega o dom da aprendizagem.

O tempo de Nanã não é o do relógio — é o do coração.
Ela mostra que há curas que só acontecem no ritmo da alma, e que a pressa é inimiga da fé.


A serenidade das águas profundas

Enquanto Iemanjá rege o movimento do mar, Nanã guarda o mistério das águas paradas.
São nelas que repousam as memórias antigas, os ancestrais e a sabedoria da Terra.
É um lugar de recolhimento e reflexão, onde aprendemos a ouvir o que o barulho do mundo tenta calar.

Nanã nos convida a olhar para dentro, a silenciar as dores e entender que o sofrimento também é semente — e que, um dia, ele floresce em força.


A cura que nasce do silêncio

O silêncio de Nanã não é ausência — é presença profunda.
É nele que ela fala com os filhos, guiando com paciência e amor.
Ela não promete atalhos, mas oferece sabedoria para atravessar os caminhos com dignidade e fé.

Seu poder é o da aceitação e da transformação.
Ela nos ensina que o perdão é leveza, e que soltar o passado é abrir espaço para o novo.


Encerramento e convite

Quando a vida te pedir calma, lembre-se de Nanã.
Sente-se em silêncio, respire e permita que o tempo trabalhe.
Tudo o que é seu encontrará o caminho certo de voltar.

💜 Essa e outras histórias sobre o amor e a sabedoria dos Orixás estão em “A Menina que via Iemanjá”.
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